sábado, 18 de agosto de 2012

Querer, sem querer


Quis gritar
Quis chorar
Quis respirar...

Quis subtrair o seu último suspiro
Quis revoltar-me com furor de um ímpio

Quis querer lhe ensanguentar
Com as cores cinzas que em meu mundo fez pintar

Quis que sentisse a ínsipidez
Da aiala que levava-me a modorra da insensatez

Eu quis, foi o que me fez partir.

Eu quis querer, eu quis você
Eu quis alimentar, eu quis sonhar
Eu quis arriscar...

De toda forma definharia meu coração
Se não me pusesse a tentar.

E foi-se feliz, enquanto me punha a caminhar.

                                            Ivy Coelho 
                                           18/08/2012
                                                   17:13

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Lágrimas de Anjo







Suas lágrimas são reis que escorrem pelo rosto
Matando a minha vontade de ficar louco
Decretando o fim do meu silêncio
Fazendo- me cais de Hemo.

Insanidade que por vezes,

levou-me pela palma
Em sua ardil calma
Para que não visse a sua alma
Morrer de frio
E tivesse de vestir
O dolente libré dos exclusos

Mas que epístolas contarão os homens do futuro?
As de indolentes, inertes e mudos?

Pois mudo agora minha história
E juntar-me-ei as tuas lágrimas
Pois apenas agora, compreendo que
plateia também é lacaio.

Oh anjo, responda-me:
Podem ser as idiossincrasias maior que os homens?

                                               Ivy Coelho
                                               17/08/2012