quarta-feira, 12 de junho de 2013

Eu, afora a carne.

Oh espíritos do universo
Permitam-me  me apresentar
Sou alma pronta para assumir,
Espírito pronto para voar.

Ainda que zombem de mim
Já cansei de me esconder
Aqui encerro esta agonia
De reprimir a essência que orgulho ter

Que os leigos me chamem de bruxa
Que os irlandeses me odeiem por origem “impura”
Que os cristãos me confundam com ateia
Que os tradicionais me achem pequena e confusa

Eu sou espiritualista, pagã e indefinida
Eu estudo, amo, respiro e trabalho com magia.
Este é o meu lar através dos tempos e das vidas.
É o que me faz entender, o que me faz sonhar, o que me faz ser vívida.
         
                                                                        Ivy de Almeida Coelho

                                                                                    12/06/2013

Sensibilitas

Num dia desespero
Agora melancolia
E às vezes até parece, que não há alguma agonia.

E eu assim vou sendo
E assim vou vivendo
Saudades e seguimento
Alívio e descontentamento

Eu me permitir voar
Eu me permitir me apaixonar
Mesmo por todos os seus defeitos
Porque eu já conheço as visões turvas
As imagens facetadas rubras
De um relacionamento

Somos o tempo subjetivo
O tempo infinito que findou-se numa tarde de sábado
E você sempre fingindo
Que os segundos importam em alguma parte de nós
Usando eles pra se limitar
Como usa o meu pesar, para tentar se perdoar.

Ivy de Almeida Coelho

12/06/13